Uniforme do chef

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Desde que começaram as aulas práticas, onde a gente precisava usar o dólmã, me surgiu o interesse de pesquisar mais sobre essa vestimenta. Um uniforme, que deve ser confortável e prático, o dólmã é uma das maiores características daquele que trabalha na cozinha. Nessa carreira usar um uniforme deveria ser motivo de orgulho (eu acho uma graça ver todo mundo lá na sala vestidinho de branco.

Essa padronização surgiu no século XIX pelas mãos daquele que é considerado um dos maiores cozinheiros de todos os tempos, o francês Antonin Carême. 

Como inspiração para o traje, ele usou a farda militar com botões dos dois lados. É importante que seja confortável, que facilite os gestos e que reduza riscos de acidentes, sendo de fácil higienização. Se houver mistura de poliéster e a roupa pegar fogo, ela vai grudar na pele, e o estrago vai ser grande, além de esquentar o corpo.  Deve ser leve, porque o ambiente de cozinha é muito quente. 









O uniforme completo, clássico, é composto de pelo menos cinco itens, usando predominantemente a cor branca (para mostrar higiene).















Um sapato antiderrapante, fechado e com biqueira muito forte, para proteger contra quedas de líquidos quentes ou mesmo de uma faca, é o mais indicado. O sapato de segurança pode ser totalmente fechado ou aberto atrás.








A calça xadrez preta e branca que a maior parte dos chefs usa torna as manchas e respingos de comida menos perceptíveis, e seu tecido é leve. É muito usado a calça de cor preta também.

A dólmã, com dupla camada de tecido no peito, e manga longa, oferece maior proteção contra queimaduras no fogão e no forno. Além disso, se o chef precisar aparecer "limpo" de repente, o jaleco pode ser abotoado ao contrário, de forma a esconder algumas das inevitáveis manchas encontradas na roupa de um chef ocupado. É opcional bordar o nome do cozinheiro e do estabelecimento, muitos gostam e em uma brigada grande é útil.




O avental grande e branco oferece proteção adicional contra manchas e também protege contra queimaduras, e na hora do aperto pode ajudar com peças quentes. Deve ser do mesmo tecido da dólmã, é amarrado na cintura e na altura dos joelhos.

O toque blanche, o famoso chapéu do chef, tem uma origem incerta. Acredita-se que ele surgiu por volta do século 16, na Europa Oriental. Mas a cor branca só tornou-se padrão no século 19, quando Carême estabeleceu os uniformes dos chefes de cozinha e adotou o chapéu comprido como símbolo de hierarquia elevada.




Enfim, existe um certo glamour ao usar esses uniformes mas a principal razão, é a segurança. Na hora de pilotar o fogão, beleza é requisito secundário. O que a roupa precisa mesmo é proteger a comida dos pelos e o cozinheiro do calor, das facas, e do calor do fogo.






Luciana Souza Ramos


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