O foie gras, prato francês, é o fígado de um pato ou ganso que foi super-alimentado. Traduzindo para o português significa
“fígado gordo”. É considerada uma das maiores iguarias da culinária francesa. O foie gras é um prato luxuoso. Muitas
pessoas na França o consomem apenas em ocasiões especiais, como o jantar de Natal ou Ano Novo, embora a crescente disponibilidade de foie gras
tenha baixado seu preço.
Depois das aulas de TPA e dos comentários dos alunos que
experimentaram, eu fiquei super curiosa para conhecer o sabor do foie gras. Como
não estavam presente na aula de cozinha francesa no SENAC, achava que não iria
provar o prato nem tão cedo. Mas, felizmente, a turma concordou em servi-lo no bufê
de encerramento das aulas.
Então, chegando lá, experimentei o tal foie gras. Gostei,
apesar da forte consistência amanteigada e um leve gosto de gema de ovo (kkkk),
achei interessante. Não comi muito por causa do alto teor de gordura, e, também,
o bufê estava cheia de coisas gostosas para serem degustadas ainda.
Meu objetivo era
experimentar o foie gras e apenas isso. Não tenho intenção em comer esse prato
novamente. Fiquei chocada com os métodos de produção e com a crueldade que
fazem com o pato e com o ganso. Mas, a curiosidade bateu mais alto.
Os gansos ou patos utilizados na produção do foie gras são inicialmente
criados soltos, comendo em gramados para fortalecer o esôfago. Enquanto ainda
caminham livremente, é introduzida gradativamente uma dieta com alto teor de amido,
que por si só aumenta o peso do fígado em 50%.
A fase
seguinte envolve ingestão ou alimentação forçada durante os últimos 12 a 15
dias de vida para patos e 15 a 18 dias para gansos. Durante essa fase, os patos
são geralmente alimentados seis vezes por dia, e os gansos oito vezes. A
alimentação é ministrada por um tubo,
de 20 a 30 cm de comprimento, introduzido
forçadamente até o esôfago do animal. Todo esse processo é chocante, por isso
alguns chefs renomados são totalmente contra a elaboração do foie gras, entre
eles Alex Atala.
Então gente, é isso. Quem tiver a oportunidade de saborear o prato, prove.
Uma nova experiência sempre é bem vinda. Mas também é importante conhecer o que
está por trás das preparações e de todo esse “luxo”.
Por Luciana Souza Ramos
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