A
cozinha “nose to tail” é uma tendência internacional onde nas preparação de
alimentos com animais, nenhuma parte pode ser desperdiçada. Prega que é falta
de respeito e desperdício matar um animal e não aproveitar todas as suas partes.
Este novo movimento ganhou força por ser ecologicamente correto. Aqui no Brasil,
até mesmo o famoso Chef Alex Atala vem aderindo esta tendência, na preparação
da galinhada. Este prato é servido todos os sábados, nos restaurantes Dalva e
Dito, a galinhada é composta de partes da galinha como moela, coração e pescoço.
Confesso
que para mim não é tão estranho, pois com minha avó materna aprendi a comer
todas aas partes da galinha, já de outros animais como o porco e o boi, “não me
enchem tanto os olhos”, mas talvez possa agradar ao meu “paladar”.
Aqui
no Brasil não temos este costume de comer todas as partes da galinha, algumas
partes do porco e do boi, como também não costumam ser aproveitados, já na
Argentina e no Uruguai costumam comer glândulas e tripas com naturalidade.
Um
dos maiores aficionados do movimento é o chef britânico Fergus Henderson, diz
que os chefs devem se acostumar, porque preparar miúdos tende a ser valorizado.
“É uma maneira única de desenvolver habilidades e sair da mesmice dos
restaurantes”. Ainda cita que “É preciso acostumar o paladar, deixando o
preconceito de lado e tendo coragem de provar”.
Mas muitos chefs confessam que não é tão simples preparar, pois o tempo
de cozimento deve ser preciso e qualquer erro afeta a textura da carne.
Timo de cordeiro com picles de échalote,vinagrete de pinhole e creme de foie gras |
A
imagem ao lado ilustra um prato feito pelo chef Alberto Landgraf, do restaurante
Epice, em São Paulo. Este restaurante tem especialidade em cozinha contemporânea,
o prato que o chef preparou foi um timo (órgão ligado à produção de células de
defesa do organismo, localizado no tórax, perto do coração e dos pulmões) de
cordeiro com picles de échalote, vinagrete de pinhole e creme de foie gras.
Parece
bem apresentável, mas realmente a falta de costume nos faz deixar um pouco de
lado este tipo de cozinha, mas nada melhor do que deixar de lado os
preconceitos e pelo menos experimentar estas “iguarias”.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/06/pratos-para-quem-tem-estomago.html
Por
LidiaLeal
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